O MOTU Brasil vai iniciar agora uma matéria especial sobre a história da franquia "Masters of the Universe". Acompanhe-nos nesta viagem, do passado até os dias atuais, e entenda melhor as razões da paixão que milhares de fãs nutrem por estes personagens há mais de trinta anos!
Parte 1 - Nasce a lenda
O herói que as crianças passaram a adorar nos anos 80
Expressão forte, dentes à mostra. Cabelos loiros, corpo musculoso. Uniforme composto de botas e calção de pêlos, além de um colete com uma distintiva cruz no centro. Se você foi uma criança na década de 80, com esta simples descrição você automaticamente saberia de quem estamos falando. Sim, dele mesmo: He-Man, o homem mais poderoso do universo!
Ainda hoje ele é facilmente reconhecível, tamanha fora sua fama no passado. O heroico defensor do Castelo de Grayskull e de todo o planeta Etérnia, sempre às voltas com seu terrível arqui-inimigo, Esqueleto, somados a todo o enorme elenco de personagens coadjuvantes, desde o início foram motivo de fascínio por incontáveis crianças. Mas que início foi este? Siga-nos logo abaixo para descobrir:
No final dos anos 70 e começo dos 80, a Mattel - fabricante norte-americana de brinquedos - procurava criar urgentemente uma nova linha de brinquedos para meninos. A Kenner Toys estava sendo muito bem sucedida com os bonecos de Star Wars (franquia anteriormente recusada pela Mattel), bem como a Hasbro, com seus G.I. Joes. Era necessário fazer algo, criar algo totalmente novo para atrair a atenção dos meninos...
Desta forma, o Diretor Executivo da Mattel na época, Ray Wagner, convocou seus criadores de designs para que com esforços unidos, uma grande nova linha fosse criada. Conforme narra em seu livro "Mastering the Universe: He-Man and the Rise and Fall of a Billion-Dollar Idea", Roger Sweet apresentou nesta importante reunião (em dezembro de 1980) três protótipos daquele que no futuro seria He-Man: um militar, um cosmonauta e um bárbaro. O próprio nome do herói vem deste começo: "He-Man", segundo Sweet, seria totalmente genérico, podendo colocar o personagem em qualquer universo ou contexto que se quisesse.
Da esquerda para a direita, as versões militar, bárbara e cosmonauta de He-Man por Mark Taylor
E desta reunião, um resultado saiu: a versão bárbara foi a vencedora, e a partir dela é que a nova linha seria criada! Então, com esforços de vários artistas, o novo personagem foi tomando forma; um fato curioso é que em cada arte em que o herói ia sendo "lapidado", seu elmo permanecia, até mesmo em uma quase final escultura de autoria de Tony Guerrero e Roger Sweet. Pode-se perceber que este item só foi retirado no último instante por uma própria arte de Mark Taylor, que praticamente nos dá a imagem definitiva de He-Man, com exceção apenas deste acessório em sua cabeça.
He-Man e Esqueleto, nos primeiros esboços de Mark Taylor
He-Man, em escultura por Tony Guerrero e Roger Sweet
He-Man, quase com seu visual definitivo, por Mark Taylor
Então, com a imagem e os designs definitivos dos personagens, a produção das figuras de ação começou em 1981 e seu lançamento se deu em 1982, enfim com o He-Man que todos conhecemos e amamos. A nova linha de bonecos iria se chamar originalmente "Fighting Foe Men", mas foi modificada posteriormente para "Masters of the Universe".
A versão final do herói, em cera
As vendas foram boas, a receptividade pelos meninos também. E com comerciais que instigavam ainda mais o desejo das crianças, o resultado não poderia ser outro:
Algum tempo depois, o estúdio Filmation iria ser responsável pela série animada do herói, que praticamente o fez explodir em popularidade. E apesar da animação ter criado vários fatores importantes para sua mitologia, a origem de He-Man era bem diferente nos brinquedos.
A primeira minicomic
Cada personagem vinha com uma pequena revista em quadrinhos, as famosas "minicomics", que contavam detalhes importantes sobre ele. He-Man vinha com a primeira de todas, denominada "He-Man and the Power Sword" (ou em tradução livre "He-Man e a Espada do Poder"). Nesta aventura, é narrado que He-Man era um bárbaro que vivia em uma tribo em Etérnia, e decide sair de lá para combater o mal; salvando a Deusa de uma fera, ele é recompensado com seus acessórios famosos, que lhe dão um campo de força e força sobre-humana. Nesta mesma aventura, ele tem seu primeiro contato com Esqueleto (Skeletor) e Homem-Fera (Beast Man), onde o vilão busca conseguir as duas metades da Espada do Poder, que o permitiria abrir um portal para sua dimensão e trazer outros de sua espécie para a conquista de Etérnia.
Atualmente olhando, com tudo a mais que fora incluído na mitologia dos personagens, fica bem estranho ouvir esta origem, mas isto é um fato. No começo, esta era a história de He-Man...
He-Man deixa sua tribo, recebe seus acessórios e os planos de Esqueleto
E a partir daí, esta história só cresceu, como veremos adiante. Sendo assim, continuem conosco nos próximos posts, porque esta grande jornada está só começando. Até lá!
Valeu, amigos! Realmente, esta história do Conan rodou muito tempo na internet, mas hoje já se tem mais informações dos fatos. A Universal chegou a processar mesmo a Mattel, alegando que He-Man era plágio do Conan do filme, mas a fabricante de brinquedos conseguiu provar que os esboços e protótipos eram mais antigos que o filme, que era de 1982. Talvez isso tenha dado margem à criação da "lenda" dos bonecos recusados do Conan... Mas que bom que gostaram, fiquem conosco que ainda tem muita história boa pra ser contada! Abração!
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Muito bom o post, pensava que tinha relação com a recusa em lançar o Conan.
ResponderExcluirMuito legal, parabéns!
ResponderExcluirValeu, amigos! Realmente, esta história do Conan rodou muito tempo na internet, mas hoje já se tem mais informações dos fatos. A Universal chegou a processar mesmo a Mattel, alegando que He-Man era plágio do Conan do filme, mas a fabricante de brinquedos conseguiu provar que os esboços e protótipos eram mais antigos que o filme, que era de 1982. Talvez isso tenha dado margem à criação da "lenda" dos bonecos recusados do Conan... Mas que bom que gostaram, fiquem conosco que ainda tem muita história boa pra ser contada! Abração!
ResponderExcluirExcelente texto.
ResponderExcluirParabéns.
Muito legal.
ResponderExcluirParabéns